Viajar é uma das minhas actividades de lazer
favoritas. É um privilégio poder conhecer uma cultura diferente, os
hábitos e o dia-a-dia de outras pessoas, e tudo à distância de uma viagem de
avião.
Privilégio
ainda maior é o de fazer uma viagem como a que fiz recentemente. Ao prazer da
viagem juntou-se a imensa alegria de poder ir visitar amigos, de os rever,
ultrapassando a internet que, felizmente, hoje em dia permite encurtar
distâncias.
Viagens
como estas são diferentes também no sentido de que são uma oportunidade única
de conhecer a “cultura do dia-a-dia” do país ou cidade que se visita.
Por
tudo isso, só o facto de pisar o aeroporto de Lisboa me trouxe aquela sensação
de expectativa boa que uma viagem sempre me traz. Desta vez, o destino era
Basel, na Suíça.
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"Cantos dos 3 países", Basel |
Estando
em Basel, podemos facilmente pisar o solo de três países, o que é visível desde
logo no aeroporto, que serve três países. Também o “Cantos dos três países”
ilustra essa proximidade, exibindo as três bandeiras – Suíça, França e
Alemanha. A partir deste ponto à beira-rio, é possível andar um pouco até à
Alemanha e daí atravessar uma ponte até à França.
Mas,
nesta viagem, foi a Suíça a protagonista, entre Basel e Zurich.
Cheguei
para uns dias ainda com sol, o que me permitiu aproveitar os passeios à
beira-rio e perceber como esse é um local muito apreciado e aproveitado pelos
habitantes, tanto em Basel como em Zurich.
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Basel, vista do alto do Münchter |
Do
alto do Münster de Basel podemos ter uma visão priveligiada sobre o rio e as
suas pontes, conjugada com a arquitectura da própria igreja. Aí destaco sem
dúvida o telhado colorido, cuja disposição me lembrou escamas de dragão, talvez
influenciada pela imagem do basilísco que se se encontra representada em
algumas áreas da cidade.
Deste
ponto, ou do miradouro na base, podemos observar os telhados castanhos, em tons
que vão mudando e que me trazem a imagem que tenho das casas na Suíça. Também
as fachadas das casas ocuparam muito espaço na minha máquina fotográfica.
Algumas por terem pintado o que se poderá apelidar de murais; mas a maioria
pelas cores que decoram as paredes e janelas e que dão à cidade um colorido em
perfeito equilíbrio.
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Basel, vista do alto do Münchter |
Mesmo
quem não tenha um particular fascínio pela arquitectura como o que eu tenho,
não ficará indiferente a um edifício em particular –a Rathaus de Basel. É um
edifício imponente, em cores quentes, com bastantes pormenores pintados e
esculpidos.
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Rathouse, Basel |
Também
na zona do centro histórico se encontra – meio escondido para um turista mais
distraído – o “mural da música”, um enorme trabalho de graffiti onde se
encontram muito bem representadas diversas personalidades do mundo da música.
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"Mural da Música", Basel |
Foi
no centro histórico que descobri também uma outra originalidade, desta vez
culinária – os luxemburgueses, semelhantes a mini-macarrons, mas com uma massa
que parece derreter-se na boca em pequenos momentos de magia. No âmbito
culinário, todos já ouviram falar dos chocolates e queijos suíços e esses
também não desiludiram. Também descobri algumas das muitas variedades de pão
disponíveis – inclusive um pão de batata com noz. Também o quarktarte, um bolo
de queijo, este com caramelo e passas que pode ser acompanhado, por exemplo,
com a “Rivela”, um refrigerante de soro de leite, com um sabor muito agradável.
Apesar de o Verão já estar no fim, ainda vi uma churrasqueira portátil,
utensílio muito utilizado para churrascos à beira-rio ou n os parques
existentes.
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Zürich - Vista do alto do Münchner |
Em
Zurich, a visita começou pela Universidade, com edifícios clássicos que, de
alguma forma, nos fazem sentir que absorvemos conhecimento ao passear por lá.
Ali perto um miradouro e o Münchter, de onde se pode desfrutar de uma belíssima
vista sobre a cidade. Também aqui as casas se arruma de forma harmoniosa e
agradável à vista, especialmente junto ao rio que em certo ponto se junta ao
lago.
Em
mais um dia de sol, um almoço e um passeio junto ao lago foram uma excelente
forma de continuar a visita à cidade. No final deste percurso, pode ser
visitado um pequeno jardim chinês, onde se respira tranquilidade por entre o
verde das árvores e o imenso colorido dos pequenos pavilhões.
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Jardim chinês, Zürich |
A
partir daqui, pode ser feita uma viagem de barco, de volta ao centro.
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Zürich - Relógio de flores |
Também
merecedor de uma fotografia é o relógio feito de flores. Tão merecedor de uma
foto parece ser, que nos valeu um espera de 10 minutos, enquanto um grupo, ao
início reduzido, se aproximou para tirar fotos. Rapidamente percebemos que mais
turistas pertenciam ao grupo e que todos eles gostariam de tirar fotos ao relógio.
Ainda assim, a espera compensou, e conseguimos tirar uma foto com o relógio.
Para
finalizar esta longa “gaveta” da minha mala de viagem, lembro uma frase que li
numa loja de Zurich:
“Hapiness is homemade”
Completo-a
dizendo que hapiness is also friendship
made, com um obrigada à Fátima e ao Rui por me receberem e por me terem
permitido conhecer estas duas cidade
pelos seus olhos.
23.09.2013,
escrito no céu Basileia-Lisboa