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quinta-feira, 24 de maio de 2012

México Maya # I I I – Memórias do Império Maya / Memories of the Mayan Empire


Os Mayas. Já todos deverão ter ouvido falar deste povo que nos anos 2000 AC a 900 DC, era soberano de um território que se estendia pelos actuais Belize, Guatemala, El Salvador e México. O seu poder atingiu o auge no período clássico (250 DC a 900 DC), datas em que muitas cidades Mayas conheceram o pico do seu desenvolvimento.
Já terão ouvido falar, nem que seja pela relativamente popular teoria de que o Mundo acabará em 21.12.2012- Isto porque o calendário Maya termina nesse dia. Na realidade, os Mayas tinham vários calendários, que efectivamente terminam todos no mesmo dia. E terminam neste dia, porque é o dia em que se dá um fenómeno astrológico muito raro, que acontece apenas de milhões em milhões de anos.
E este facto leva-nos a uma das principais características dos Mayas: eram grandes astrólogos e matemáticos.
Foram o único povo pré-columbiano a desenvolver uma língua escrita. A língua Maya ainda é falada hoje em dia, pelos cerca de 6 milhões de descendentes do Império Maya, espalhados pelas Américas.
Para além dos rituais que continuam a fazer parte da cultura mexicana – de que é exemplo os “Papandia Flyers”, de que já falei anteriormente, mantêm-se também na paisagem mexicana as ruínas de algumas cidades e construções Maya.
O povo Maya não se aglomerava no nosso actual conceito de país, mas sim em cidades-estado – forma administrativa também conhecida dos europeus – que quer competiam entre si em jogos, quer combatiam entre si.
Uma dessas cidades, uma das mais conhecidas, é Chichen Itza, que não visitei, mas que os guias turísticos prometem ser uma viagem pela história.
Visitei Tulum e Cobá, que me transportaram um pouco atrás no tempo.
Palácio Grande ou Casa das Colunas (by Isa Lisboa)
Tulum, Palácio Grande ou Casa das Colunas, By Isa Lisboa
Tulum situa-se no topo de um penhasco, sobre o mar caribenho. O seu nome original era “Zamá”, que se traduz como “Cidade da Aurora”. Quando a aurora chegava, o sol passava por dois pequenos orifícios que podem ainda ser observados num dos edifícios junto à muralha. O sol indicava o caminho de entrada no estreito canal que ligava Cozumel a Tulum.
A cidade de Cobá utilizava este importante local arqueológico com um porto de pesca e talvez comercial.
Trata-se de um complexo que guarda ainda dentro das suas muralhas um conjunto de edifícios de grande valor arquitectónico, de onde se destaca o Templo dos Frescos, que chama a atenção não só pela sua arquitectura, mas também porque apresenta a fachada decorada e algumas pinturas no seu interior.
O Palácio Grande ou Casa das Colunas é o maior edifício residencial que pode ser encontrado em Tulum.
Também a vista sobre o mar e sobre a praia são dois dos pontos fortes deste local.
Campo de poc-ta-tok, jogo tradicional Maya (by Isa Lisboa)
Campo de poc ta tok, by Isa Lisboa
Continuando, chegamos a Cobá, uma das mais importantes cidades Maya da região. Começámos a visita pela pirâmide da igreja, assim chamada porque os primeiros missionários acharam que se assemelhava a uma igreja. Seria um local de culto, supõe-se que em honra do Deus do mel. Ao lado, encontramos um campo de poc-ta-tok, jogo que era jogado com bolas de cerca de 4kg, endurecida e feita a partir de látex obtido da árvore da borracha. A árvore da borracha Chiclets que mais tarde daria uma ideia a Adams. Esta árvore era também utilizada pelos Mayas para mascar e assim lavar os dentes. Juntando um pouco de açúcar, surgiu uma fórmula bem conhecida.
Mas voltando ao jogo, a bola apenas podia ser tocada por algumas partes do corpo, como os ombros ou as ancas. O objectivo era colocar a bola por entre um pequeno arco de pedra. Quando um jogador o conseguia, o jogo terminava. O jogo era também uma homenagem aos deuses, com fortes origens mitológicas. A bola representava o sol, a lua ou as estrelas e os campos de jogo eram considerados portais para o inframundo maya, e onde se encenavam a luta entre os deuses do dia e da noite, ou as batalhas entre deuses do céu e senhores do inframundo. Os seus jogadores deviam jejuar três dias antes do jogo, outro dos sinais da importância mística e religiosa deste. Por vezes, embora dependendo das cidades e da época, as cerimónias incluíam sacrifícios, sendo algumas vezes uma representação de uma guerra recente entre a cidade organizadora – a vencedora – e a cidade derrotada.
Cobá é uma cidade cujas construções ocupam cerca de 80Km2, e que se estima ter albergado cerca de 50.000 habitantes no seu auge.
Nohoch Mul, Cobá, by Isa Lisboa
Nohoch Mul, Cobá, by Isa Lisboa
Para visitarmos a próxima atracão turística deste extenso local histórico, temos disponíveis bicicletas para alugar. Tive algumas pequenas aventuras com a minha bicicleta, uma mistura de altura a mais do selim e de travões a menos, mas, ainda assim, cheguei à pirâmide Nohoch Mul. Esta pirâmide, a mais alta da península de Yucatan,  tem cerca de 42 metros, em que se distribuem 120 degraus.
Com alguma tristeza e resignação, subi apenas até cerca de metade da pirâmide – as vertigens não me deixaram subir mais. Não apreciei a vista do cimo, mas as fotos que vi sugerem que teria valido a pena. No meio da pirâmide, diga-se, a sensação também não é má de todo, mesmo com a antecipação da descida, para a qual a maioria das pessoas utilizou uma técnica que poderia ser apelidada de “descer sentado”.
Mas apesar de não ter apreciado inteiramente esta vista, vi muitas outras coisas de que gostei, e que espero ter aqui documentado com a justiça merecida.
Hasta la vista, México! (Isa Lisboa)
Outras ficaram por ver, mas quem sabe onde o futuro me levará… Por agora, fica um “hasta la vista” ao México!



Tulum, by Isa Lisboa
The Mayas. I supose everyone must have heard of these people who, in the years 2000 BC to 900 AD, was a sovereign territory that extended the current Belize, Guatemala, El Salvador and Mexico. Its peak of power was in the classical period (250 AD to 900 AD), dates on which many Mayan cities knew the highlight of its development.
You must have already heard about them, even if for the relatively popular theory that the world will end in 21/12/2012 - this is because the Mayan calendar ends on that day. In fact, the Maya had several calendars, which actually all end up the same day. And they end on this day, because that it is the day in which happens a very rare astrological phenomenon, that occurs only in millions of millions of years.
And this leads us to one of the main characteristics of the Mayans: they were great astrologers and mathematicians.
They were the only pre-Columbian people to develop a written language. The Maya language is still spoken today by about 6 million descendants of the Maya Empire, throughout the Americas.
Apart from the rituals that are still part of the Mexican culture - as exemplified by the "Papandia Flyers," that I mentioned earlier, their traces also remain in the ruins of the Mexican landscape and buildings of Maya cities.
The Maya people were not organized in our current concept of country, but in city-states – designation also known by Europeans - who competed with each other in games or fought among themselves.
One of these cities, one of the most famous, is Chichen Itza, which I didn’t visit, but the tour guides promise this to be a journey through history.
I visited Tulum and Cobá, which transported me a bit back in time.
Tulum, by Isa Lisboa
Tulum is located atop a cliff over the Caribbean Sea. His original name was "Zama", which translates as "City of Dawn." When dawn came, the sun passed through two small holes that can still be seen in the buildings along the wall. The sun led the way for the entry into the narrow channel that connected Cozumel to Tulum.
The city of Cobá used this important archaeological site with a fishing port and commercial sight.
This is a complex that still holds within its walls a number of buildings of great architectural value, such as the Temple of the Frescoes, which draws attention not only for its architecture but also because it presents a façade decorated and some paintings therein.
The Grand Palace or House of Columns is the largest residential building which can be found in Tulum.
Two of the other strong points of this site are the sight over the sea and the beach.
Continuing, we arrive at Coba, one of the most important Maya cities of the region. We started the visit on the Pyramid of the Church, so called because the first missionaries thought it resembled a church. It would be a place of worship, it is assumed that in honor of the God of honey. Outside, we found a field of poc-ta-tok, a game that was played with balls of about 4kg, hardened and made from latex from the rubber tree. The rubber tree Chiclets who later would give an idea to Adams. This tree was also used by the Mayas to chew and so brush their teeth. Adding a little sugar, there was a well known formula.
But back to the game, the ball could only be touched by some parts of the body such as shoulders or hips. The aim was to put the ball through a small stone arch. When a player did that, the game ended. The game was also a tribute to the gods, with strong mythological origins. The ball represented the sun, moon or stars and playing fields were considered portals to the Maya underworld. There they staged a fight between the gods of day and night, or the battles between the gods of heaven and the lords of the underworld . The players should fast three days before the game, another signal of the importance of the mystical and religious aspects of the game. Sometimes, though depending on the cities and the time, the ceremonies included sacrifices, and sometimes a representation of a recent war between the host city - the winner - and the defeated city.
Pirâmide da Igreja, Cobá (by Isa Lisboa)
Cobá is a city whose buildings occupies about 80Km2, and estimated to have housed about 50,000 at its peak.
For visiting the nearby tourist attraction of this extensive historical site, we have bicycles available for rent. I had some small adventures with my bike, a mixing of too much height of the saddle and too less brakes, but still, I came to Nohoch Mul pyramid. This pyramid, the highest in the Yucatan Peninsula, is about 42 meters, which are distributed in 120 steps.
With some sadness and resignation, I went up only about half of the pyramid - the vertigo would not let me go any higher. I didn’t enjoy the view from the top, but the pictures I have seen suggest that it would have been worth it. In the middle of the pyramid, I must say, the feeling is not bad at all, even with the anticipation of the descent, to which most people used a technique that could be called "sitting down".
But despite not having fully appreciated this view, I saw many other things that I liked, and I hope I have documented them here with the justice they deserved.
Other places were to be seen, but who knows where the future will take me ... For now, it is an "hasta" to Mexico!

sábado, 12 de maio de 2012

México Maya # I I – Natureza no México / Nature in México


Antes de ir para o México, algumas pessoas falaram-me de más experiências com a “bicharada” que por lá habita.
Não sei se estes habitantes estariam mais escondidos, por estarmos também lá na Primavera, mas a verdade é que não passei pelos sustos que alguns relatos prometiam.
Algumas pessoas com quem viajei queixaram-se de “ataques” de mosquitos, mas, felizmente, nunca tive tendência a atrair estes minúsculos sugadores, que me deixaram apenas uma ou outra dentadita.
México
Foto by Isa Lisboa
Quanto aos animais que circulavam mais ou menos livremente, partilhámos os jardins do hotel com guaxinis, pequenos mamíferos que alguns turistas atraíam à foto com comida, apesar dos avisos para que não fossem alimentados. Também por lá passeavam pavões, lindos flamingos, cisnes e gansos.
Foto de Isa Lisboa
As iguanas descansavam placidamente ao sol, ignorando a atenção dos turistas, algumas até parecendo posar para a objectiva com ar de quem está habituado à fama.
Em Xcaret, conhecido parque aquático e ecológico, pudemos ver uma variedade de outros animais, desde tucanos e papagaios até crocodilos e tubarões.
Com os tubarões, podia nadar-se, mas embora a maioria dos animais que vi não me inspirem medo, os tubarões ocupam nesse caso um estatuto ainda diferente. Ao contrário dos golfinhos que brincavam numa outra piscina, e das tartarugas, algumas que deviam já ser bem sábias, pois aparentavam ter uma idade avançada.
Foto de Isa Lisboa
Numa outra ala, podíamos observar lindas mariposas, que esvoaçavam entre nós, algumas poisavam nas mãos de algum visitante. Mais à frente, as orquídeas confirmavam que ali poderíamos encontrar beleza natural.
Foto Isa Lisboa






Ainda para ver, os manatins, os jaguares e pumas, os macacos-aranha, o tapir, veados, a gruta dos morcegos…
Mas disse que se tratava de um parque aquático e ainda não falei de água. 
Efectivamente, Xcaret era um importante centro Maya a nível político, comercial e religioso, mas também o principal porto de embarcação para Cozumel.
Para além das piscinas de golfinhos e tubarões, possui algumas praias onde se pode nadar. Mas o meu favorito foi o rio, onde começámos a visita. Existiam três para visitar, tive alguma pena de apenas ter percorrido um, mas outras atrações esperavam. No rio podíamos fazer snorkelling, algo que nunca tinha experimentado. Não me habituei de imediato à técnica de respirar debaixo de água por um tubo, e depois de percebê-la melhor, continuava a sentir-me inquietada pela sensação de ter o nariz tapado com os óculos de mergulho, fruto da minha leve claustrofobia. Não aproveitei tanto como poderia, mas ainda assim consegui ver os simpáticos peixes que nadavam connosco ao longo do rio, com todas as suas fantásticas cores.
No rio Paraíso não se nadava, mas podia apreciar-se um breve passeio de barco ao longo do rio, com o bónus de poderem observar-se alguns animais mais de perto, bem como de seguir a vegetação ao longo da pequena escarpa.
No final do dia, pudemos assistir a um espectáculo que nos mostrava um pouco da história do México, desde os Mayas, à conquista castelhana, aos dias de hoje.
Cenote - México, Isa Lisboa
Os Mayas deixarei para outro post,. Da beleza natural, deixo ainda a referência a Playa Paraíso e aos cenotes, poços de água, resultantes da queda de pedras que expunha água subterrânea. A água era cristalina e, apesar de estar mais fria que na praia, era excelente!





Before going to Mexico, some people told me of their bad experiences with the animal that dwells there.
I don’t know if they were hidden, because it’s spring there too, but the truth is I did not have the promised scary moments.
Some people who I travelled with complained of "attacks" of mosquitoes, but, fortunately, I never had a tendency to attract these tiny bloodsuckers, which left me only one or two little bites.
Foto de Isa Lisboa
As for the animals that had been circulating more or less freely, we shared the hotel gardens with raccoons , small mammals that some tourists attracted with food in order to take better pictures, despite warnings about not feeding them. There were also peacocks, beautiful flamingos, swans and geese.
The iguanas rested peacefully in the sun, ignoring the attention of tourists, some of them seeming to pose for the lens with the look of one who is no stranger to fame.
In Xcaret, known water and ecological park, we could see a variety of other animals, from parrots and toucans to crocodiles and sharks.
Foto de Isa Lisboa
With sharks we could swim, but although most of the animals that I saw did not inspire me fear, sharks have, in this case, a different status. Unlike the dolphins who played in another swimming pool, and turtles, some who seemed to be wise, since they appeared to be of an advanced age.
In another ward, we could observe beautiful butterflies that fluttered between us, some landing in the hands of any visitor. Later on, orchids confirmed that there could be found natural beauty.
Still to see the manatees, jaguars and pumas, spider monkeys, tapir, deer, the cave of the bats ...
But I said this was a water park and I haven’t spoken about water yet. Indeed, Xcaret was an important political, commercial and religious Mayan centre, but also the main port of departure to Cozumel.
Foto de Isa Lisboa
Foto de Isa Lisboa
Apart from swimming with dolphins and sharks, there are some beaches where you can swim. But my favourite was on the river, where we started the tour. There were three to visit, it was a pity I’ve only been able to visit one, but other attractions were waiting. We could do snorkelling on the river, something that I had never experienced. I didn’t immediately got used to the technique of breathing under water through a pipe, and after I understood it, I continued to feel unease, snuffle with diving glasses, the result of my mild claustrophobia. Did not get as much of it as I could, but still managed to see the friendly fish that swam with us along the river, with all its fantastic colours.
In Paradise River we can’t swim, but we could appreciate a brief boat ride along the river, with the bonus of being able to observe some animals more closely and to follow the vegetation along the small ridge.
At the end of the day, we watch a show that showed us a bit about the history of Mexico since the Mayans, the Castilian conquest, to today.
Playa Paraiso, de Isa Lisboa
The Mayans I will save to another post. As to natural beauty, I have yet another reference, to Playa Paraiso and cenotes, water wells, formed from falling rocks who exposed unground water. The water was crystal clear and, despite being colder than the beach, excellent!

domingo, 6 de maio de 2012

México Maya @Abril 2012 # I - Papoparaoarorismo / Total Relax


Com o segundo carimbo no meu passaporte, decidi-me a iniciar algo que surgiu em conversa com uma amiga. A ideia foi a de aproveitar o espaço deste blog para partilhar um pouco das minhas incursões fora de Portugal. E agora enquanto escrevo, penso que também as escapadinhas neste nosso canto da península poderão ter aqui algum protagonismo.
Mas começo então pelo fim, ou seja, pelo último destino que me chamou: Riviera Maya, México.
Quando me dirigia para o aeroporto, acompanhou-me uma chuva fininha, e esperava-me o check-in mais demorado que fiz, a condizer talvez com a também mais longa viagem de avião até à data (embora esteja nos meus projectos fazer pelo menos uma mais longa ainda).
Mas esperavam-me dias de sol e temperaturas a rondar os 30º, por isso os ânimos não estavam condizentes com o clima que se sentia em Portugal, mas sim com o que nos esperava na Playa Del Carmén.
Chegámos à noite, que me pareceu menos quente que o que esperava, mas talvez fosse ainda a lembrança do clima que deixei por uma semana, já que as noites seguintes se mostraram mais condizentes com o clima caribenho.
Na manhã seguinte, reencontrei o meu amigo de sempre, o mar. Aqui com cores diferentes das da nossa costa, o azul clarinho e límpido, a banhar a areia fininha e branca de que já tinha ouvido falar.
Água que convidava a entrar, calma e quente. Enquanto sentia o mar a envolver-me, comecei a sentir-me, agora sim, inteiramente de férias.
Azul e branco, By Isa Lisboa

A poucos minutos a pé, o hotel oferecia a piscina para quem quiser sair um pouco da água salgada.
À noite, poderíamos optar por um espectáculo de variedades que, embora um pouco mais virado talvez para o gosto americano, era uma boa forma de entertainment.
Calle 5, Playa del Cármen, by Isa Lisboa
Entertainment pode também chamar-se ao passeio em Playa Del Carmén ou Xamanhá (água do norte). Situa-se no lado oposto à ilha de Cozumel, que pode ser avistada da praia ao longo da qual se estende a artéria com mais vida deste local. A “Calle 5”, conhecida como a 5ª Avenida, estende-se ao longo da praia, até ao porto. Oferece inúmeras lojas de souvenirs, restaurantes e bares, para satisfazer vários gostos turísticos, haja vontade de gastar alguns pesos. Ao longo da avenida, podemos encontrar algumas animações de rua, como por exemplo as que nos recordam os antigos guerreiros e feiticeiros mayas, trajados a rigor. Também vimos uma demonstração da “Papandia Flyers”: a cerca de 30 metros do chão, o líder dança ao som do instrumento pré-hispânico que toca do alto. Á sua volta, quatro homens pendurados de cabeça para baixo descrevem círculos no ar, recriando uma antiga cerimónia dedicada ao deus da primavera, de forma a obter boas colheitas e solos férteis.
A comida mexicana foi aprovada, desde os tacos aos totopocos com guacamole ou queijo, embora o facto de eu não gostar de picante me tenha feito olhar previamente com ar analítico para as muitas opções disponíveis. Consegui evitar os pratos “picosos”, o que não fizeram alguns companheiros de viagem que experimentaram o pouco inofensivo habanero, uma pequena concentração explosiva de picante. Para os mexicanos é um sabor habitual, quando os comem “no pasa nada”. Para quem nunca tinha provado, revelou-se uma experiência que creio que ficará com algum registo na memória.
Também os cocos frios, vendidos em banquinhas na berma da estrada, foram refrescantes, pela água de coco e pelo coco, que alguns provaram com um pouco de picante a temperar. Esta forma diferente de comer coco foi sugerida por um dos guias que nos acompanhou numa excursão de que falarei mais à frente (http://www.facebook.com/Exploratours).
Senti apenas falta do nosso café – como sempre – e do peixe, o sabor do que provei não lembra de todo o peixe fresco disponível facilmente em Portugal.
Revisitada aqui a parte mais “papoparaoarorismo” da minha viagem, falarei outro dia do México Maya que visitei e do encontro com a vida natural do México, os outros compartimentos desta minha mala de viagem.

………………

With the second stamp in my passport, I’ve decided to start something that came up in conversation with a friend. The idea was to use the space in this blog to share some of my travels outside Portugal. And now as I write, I also think the breaks in my corner of the peninsula may have some role here.
But let’s begin from the end, ie, the last destination I went to: Riviera Maya, Mexico.
When I went to the airport, a thin rain accompanied me, and the check-in was the longenst I ever did, matching well with what was perhaps the longest plane ride to date (although I have it in my projects to make at least one even longer).
But I expected sunny days and temperatures around 30 degrees, so the spirits were not consistent with the climate that is felt in Portugal, but with that we expected in Playa Del Carmen.
Azul, by Isa Lisboa
We arrived at night, which seemed less hot than what I expected, but perhaps it was still the memory of the weather I left behind for a week, as the following nights were more consistent with the Caribbean climate.
The next morning, I met my lifelong friend, the sea. Here with different colours of those in our coast, the light blue and clear water and white sand that I’ve heard about.
The water was inviting, calm and warm. As I felt the sea involving me, I began to feel, now, entirely on vacations.
Relax, by Isa Lisboa
A few minutes walk from the hotel; it was offered a pool for those who wanted to get away from salty water.
At night, we could choose a variety’s show, a good form of entertainment, although perhaps it was a little more for American tastes.
Entertainment is what we can also call to the tour in Playa del Carmen or Xamanhá (Northern Water). Situated opposite the island of Cozumel, which can be seen from the beach. The beach which extends along the artery with more life in the place. The "Calle 5," known as 5th Avenue, extends along the beach to the port. It offers numerous souvenir shops, restaurants and bars to suit many types of tourist’s tastes, need only willingness to spend a few pesos. Along the promenade, we can find street animations such as those that remind us of the ancient Mayan warriors and sorcerers, dressed accordingly. We also saw a demonstration of "Papandia Flyers": about 30 metres above the ground, the leader dances to the sound of a pre-Hispanic instrument that he plays up above. To his feet, four men hanging upside down describe circles in the air, recreating an ancient ceremony dedicated to the god of spring, in order to obtain good crops and fertile soils.
The Mexican food was approved, from tacos to totopocos with guacamole or cheese, although the fact that I do not like spicy, made me look upon the many options with an analitycal eye. I managed to avoid the "picosos" dishes. Some fellow travellers didn’t do the same and they experienced the harmless little habanero, a small explosive concentration of spicy. For a Mexican the flavour is usual, when they eat "no pasa nada". For those who had never tried, this proved to be an experience that I believe they will remember.
Also the cold coconuts, sold on the roadside, were refreshing, the coconut water and the coconut, which some tried with a little spicy touch. This different way of eating coconut was suggested by one of the guides who accompanied us on a tour about which I will speak later.
I just missed the Portuguese coffee - as always - and fish, the taste of those I’ve tried does not remember all the fresh fish readily available in Portugal.
By now I’ve revisited here the most relaxing part of my trip. Another day I'll talk about my visit to the Mayan México and the encounter with the natural life of Mexico, the other compartments of my suitcase.

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