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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Estações de caminho-de-ferro / Railway station

Imagem da web

As estações de caminho de ferro são locais com muita personalidade. Umas mais que outras, um pouco como as almas que por lá passam.
Veias de partidas e chegadas,  nelas flui a imaginação.
Sejam elas grandes interpostos onde se cruzam vários destinos, ou sejam elas pequenas estações onde uma pequena carruagem passa poucas vezes no dia, todas elas têm o seu fascínio.
Talvez ainda pelo relógio sempre presente no cais de embarque – os relógios também eles peças com muita personalidade.
Ou talvez pelos comboios que chegam de outras paragens, que nos levam a outros lugares. Sentada no banco da estação, olho os carris, e imagino ali a chegar um dos velhos comboios a vapor, com o seu som característico, lá dentro alguém atira carvão para a fornalha e a carruagem arranca de novo, levando consigo os vagões, e os seus passageiros, com as malas ao pé de si. Malas, algumas cheias de sonhos e expectativas, de como será a estação no destino, de quando voltarão àquela estação, se estará na mesma quando voltarem…
Creio que nunca estará… O comboio traz algo e algo leva. E assim a estação de caminhos-de-ferro acumula as suas histórias…

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The railway stations are places with lots of personality. Some more than others, just as the souls who pass by.
Veins of departures and arrivals, the imagination flows in them.
Whether they are large stations at the crossroads of several destinations, or whether small stations where a little carriage passes a few times a day, they all have their charm.
Perhaps the clock always present in the piers - they also pieces with lots of personality.
Or maybe the trains arriving from elsewhere, that lead us to other places. Sitting on the bank of the station, I look ay the rails, and I imagine one of the old steam trains arriving, with their distinctive sound, inside someone throwing coal into the furnace and the carriage starts again, carrying wagons, and their passengers with their bags beside them. Bags, some full of dreams and expectations, how will the station be at the destination, when will they return to that station, will it be the same when they return ...
I think it will never be ... The train brings something and takes something with it. And so the station railways accumulates their stories ...

17 comentários:

  1. Isa, para quem passa todos os dias da semana 4 horas no comboio, este seu texto traduz o emaranhado de sentimentos e inspiração que as carruagens e as estações podem trazer. Adorei ler!

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  2. Olá,
    Vim para me deleitar com suas magníficas postagens, e aproveito pra lhe deixar, além do meu abraço, os votos de um final de semana esplendoroso.
    Sejas feliz e até mais!

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  3. Olá,

    Este post lembra-me as minhas viagens para a casa da minha avó, as férias grandes, a ansiedade de viajar naquele comboio que fazia aquele barulho típico e ritmado e que demorava uma eternidade para chegar.

    Gostei muito.

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  4. Uma pena que algumas estejam reduzidas a apeadeiros...

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  5. assim é!
    um emaranhado de historias e segredos.
    bonito poste
    beij

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  6. Bem poéticos os comboios de antanho!

    Abraço!

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  7. o mundo está em constante mutação
    e os lugares também, tal qual as estações
    bem como as pessoas
    e ainda bem que sim :))

    belo texto, Isa.
    beijo.

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  8. Também me fascinam os comboios e as estações. As vidas e os sonhos que por ali se cruzam...
    Bjs

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  9. gosto das viagens de comboio

    há uma ligação direta à terra


    um abraço

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  10. Certas estações são mesmo nostálgicas, porque elas eram ainda mais bonitas com os comboios a vapor...
    Isa, querida amiga, tem uma boa semana.
    Beijos.

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  11. Ando há tempos para iniciar uma série sobre estações de caminhos de ferro. O comboio é o meu transporte preferido e há estações belíssimas. Mesmo em Portugal, onde a azulejaria de alguma é uma obra de arte.

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  12. Carlos, essa série sobre estações de caminho de ferro parece-me uma ideia a seguir, sem dúvida! :)

    Deixo também o meu obrigada a todos por viajarem comigo neste comboio!

    Beijos

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  13. Caminhar pelo seu blog tem sido um verdadeiro prazer. Você tem textos excelentes como este. Sorte minha! Bj

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  14. Bem poético e nostálgico o que escreveu...e tanta saudade trouxe ao cimo...quanta saudade...

    Maria Luísa

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  15. O argumento de meu último poema "Eu Vivo..." tem sido escrito ao longo de uma vida.
    A peça ainda não terminou,
    mas num dia esperado
    Termina!

    Obrigada por suas palavras e por sua presença, nos "7degraus".

    Maria Luísa Adães

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  16. deixo para ti


    Acácias...

    Muitas Acácias ao meu redor
    Rubras e lindas
    Lembram-me o meu sonho
    De querer voltar
    De querer agarrar a vida e o amor

    E estas Acácias vermelhas e floridas
    Que o cacimbo da noite africana
    Com foça ou com leveza as abraçava
    E as beijava suavemente

    Sem nunca pedirem licença
    Iam sorrindo para mim
    Sorrindo sempre
    Sorrindo com meiguice

    E eu ao fechar os olhos
    Vejo-vos, Acácias lindas
    Flores da minha recordação
    E da minha juventude
    Aqui neste cantinho...


    Presto-vos a minha
    Singela homenagem!...



    LILI LARANJO

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