Quem lê / Who's reading

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sinal verde / Green light

Levanto-me. Depois do duche, visto-me, trato de definir as ondas irrequietas do meu cabelo. Faço a cama. Tomo o pequeno almoço. Escovo os dentes. Passo um pouco de côr no rosto. Pego na mala e no livro que me acompanha nestas manhãs de sono e no regresso a casa. Dirigo-me à garagem.
A minha vizinha arruma um chapéu de praia no carro.
Sento-me e arranco, fechando a porta da garagem atrás de mim.
No mesmo cruzamento de todos os dias, o trânsito está uma confusão e aguardo pacientemente a minha vez, atrás do autocarro, que é talvez o mesmo todos os dias.
Passo vários semáforos, páro consoante a cor. Chego àquele e começo a abrandar com intenção de parar. De repente percebo que está verde, e recomeço o passo acelerado.
Continuo com uma leve sensação de receio. De receio de que a rotina esteja ali sentada ao meu lado, pois lembro-me de que aquele sinal costuma estar quase sempre vermelho.
Sigo, estaciono, sento-me no metro e escrevinho esta ideia estranha. Quando me levanto, percebo que o metro está mais cheio que noutros dias... Sigo, e durante o dia, completo de outros pensamentos, não voltei a lembrar-me desta sensação, até pegar no bloquinho...

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I get up. Take a shower, get dressed, take care of the restless waves in my hair. Make the bed. Have breakfeast. Brush my teeth. Put a little colour in my skin. I grab my bag and the book that follows me in this sleepy mornings and in the return home. I head to the garage. 
My neighbour is packing a beach bag in the car.
I seat and I go, closing the garage door behind me.
In the same crossroad of everyday, the traffic is a mess and I wait paciently for my turn, behind the bus, which is probabily the same of everyday.
I go by several trafficlights, stoping with the colour. I reach that one and I start slowing down, intending to stop. Sudenly, I realise it is green, and I restart going faster.
I carry on with a sligh feeling of aprehension. Of aprehension that the rotine is seating besides me, because I've remembered that light is almost always red.
I go forward, park, I seat in the subway e I scrabble this stange thought. When I get up, I realise the subway is fuller than the other days... I go forward, and, during the day, complete with other thoughs, I didn't remenber this feeling again, until I've grabed my little notepad...
 

sábado, 24 de setembro de 2011

"Blade Runner"

Imagem da web
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Pistorius

Fiquei a conhecer hoje a história deste atleta. A sua vida é uma inspiração, não apenas pelo que salta à primeira vista, o ser um atleta paralímpico, mas também pela sua luta para competir no jogos olímpicos. Oscar Pistorius perdeu ambas as pernas ainda bébé, e correu sempre pelos seus sonhos. Foi jogador de râguebi, quando era mais jovem. Estabeleceu records nos Jogos Paraolímpicos. E lutou para competir nos Jogos Olímpicos, respondendo a críticas de que as sua próteses lhe dariam vantagem relativamente aos restantes atletas.
É esta a verdadeira inspiração deste homem: num Mundo em que todos querem ser diferentes, ele quer ser igual.

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Today I got to know the story of this athlete. His life is an inspiration, not only because of what we see at first sight, that he is a paraolimpic athlet, but also for it's struggle to compete in the Olimpic Games. Oscar Pistorius lost both legs when he was still a baby, and always ran for his dreams. He established records in the Paralympic Games. And fought to compete in the Oplympics, answering to the critics that it's prostheses would give him an advantage over the other athletes. This is the true inspiration about this man: in a worl where everyone wants to be different, he wants to be equal.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dia Internacional da Paz -- International Peace Day

Hoje é Dia Internacional da Paz, um dia proclamado pela ONU como uma dia de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo.
Noticiam-se iniciativas para celebrar este dia, como a distribuição de abraços grátis em algumas cidades do Mundo.
Gosto destas pequenas iniciativas simbólicas, que têm pelo menos o efeito de nos fazer pensar no seu significado. Infelizmente, pensei, este efeito pode ser bastante efémero por vezes... Durará certamente o tempo de acabar de ler a notícia, voltará se encontrarmos um dos "activistas" que distibuem abraços por quem passa... Acredito que seja positivo, ainda assim!
Mas fiquei também a pensar, na palavra "cessar-fogo"... Porque de imediato se associa a guerras, daquelas de artilharia pesada, de complicadas estratégias... Mas quantas se travam na banalidade dos dias, entre a leve irritação com quem está ao nosso lado no metro e nos dificulta a manhã em que já custou tanto a acordar. E ainda na banalidade menos banal das tricas que vemos, no passar sem olhar quem se pisa... Esta menos leve irritação, bélica também, e que pede igualmente um cessar-fogo... Nem que seja apenas um dia por ano!

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Today is the Internacional Peace Day, a day proclamed by the UN as a ceasefire and non-violence day, all over the world.
We read stories about iniciatives to celebrate this day, such as the distribution of free hugs in various cities of the world.
I like this small and simbolic iniciatives, which have, at least, the effect of making us think about it's meaning. Unfortunatlly, I thought, this effect can be sometimes unlasting... It will certainely last for as long as we finish reading the story, it will came back if we find one of the "activists" who distribute hugs... I believe it is positive, even though!
But it also made think about the word "ceasefire"... Because we immedeatly assoacite it with wars, those of heavy artillary, of complicated strategys...
But how many are fougth in the banality of days, between the sligh exasperation with who's seating next to us on the subway and makes this morning harder... A morning when it was already so hard to wake up. And also in the banality less trivial of the bickering we see, in all the passing by without looking at who they're steping on...This less sligh exasperation, war like as well, and which also asks for a cease fire... At least for one day in the year!

9/11

A New York radio made a challenge to it's listener's: to pick a song that illustrattes 9/11, 2011. One of the top choices was "Imagine" by Jonh Lennon. This song has always been one of my favourites, for it's powerfull message...
A message of peace, of understanding and accepting who's different from me.
I fear that "Imagine"'s worl will never come, but I hope that some people keep trying to build it, in their countries, but specialy in their own street, in their own circle. Because the smaller worlds, like our own minds, are the beginning.
The images from 10 years ago keep showing up on the TV screens again, we listen to the stories of the survivors and to the stories of those who lost someone.
I'm leaving here my small tribute to the victims, their famillies and friends, and to the anonymous heroes, from the ones who died helping others to those who helped someone go through the day. Not only to those affected by 9/11, but also to those affected by wars, sometimes not theirs, by tsunamis, earthquakes, floods, all natural catastrophes. And to all those who have or are suffering with any tragedy we won't see in the TV screen...

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Uma rádio de Nova Iorque lançou um desafio aos seus ouvintes: escolher uma música que fale do 11 de Setembro, 2011. Uma das mais votadas foi "Imagine", de Jonh Lennon. Esta música sempre foi uma das minhas favoritas, pela sua mensagem poderosa...
Uma mensagem de paz e aceitação, daqueles que são diferentes de mim.
Temo que o mundo de "Imagine" nunca existirá, mas espero que algumas pessoas continuem a tentar construí-lo, nos seus países, mas particularmente, nas suas ruas, no seu círculo. Porque os pequenos mundos, como as nossas mentes, são o inicio.
As imagens de há 10 anos, continuam a aparecer novamente nos ecrãs de televisão, ouvimos as histórias dos sobreviventes e as histórias de quem perdeu alguém.
Deixo aqui o meu pequeno tributo às vítimas, às suas famílias e amigos, aos heróis anónimos, desde aqueles que pereceram a ajudar outros até aqueles que simplesmente ajudaram alguém a chegar ao fim do dia. Não apenas àqueles afectados pelo 11 de Setembro, mas também por guerras, nem sempre suas, por tsunamis, tremores de terra, inundações, todas as catástrofes naturais. E a todos aqueles que sofreram ou sofrem por alguma tragédia que não veremos num ecrã de televisão.
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