Há dias decidi mudar de vaso uma das plantas da minha varanda. Era uma tarefa que tinha vindo a adiar... O vaso estava já meio partido, já há algum tempo que a terra daquela planta não era trocada. Precisava mesmo do transplante. Mas a planta continuava a aparentar estar bem, continuava verde, parecia saudável. Não me parecia urgente.
Mas ao libertá-la finalmente daquele vaso, vi que que a sua base se tinha tornado num vaso de raízes. Pesadas. Apertando-se umas às outras. Pareciam sufocar a própria terra, a tal ponto que parecia não haver espaço para ela. E algumas das raízes estavam secas e sem vida. Puxei-as, e algumas cederam com facilidade. Assim encontrei também espaço para retirar a terra que envolviam.
Neste momento, a planta já está num vaso novo, com terra nova. E, parece-me a mim, mais feliz e mais saudável. Com as raízes que estavam saudáveis. Que parecem estar a fincar-se bem à terra. Pelo sim, pelo não, vou dando uma vista de olhos mais atenta nos próximos tempos.
E, enquanto isso, parti o meu próprio vaso e ando à procura das raízes que já não são minhas e que já não levam a seiva. Depois é só ter força para as arrancar.
Foto: por Isa Lisboa |
Acordar e deparar com um texto que nos desperta para o abandono do que, ou quem, já não traz ou colaboram com a vivacidade, é tudo de bom.
ResponderEliminarParabéns ! Beijos.
Que bom que esta minha reflexão lhe trouxe boas sensações! :)
EliminarBeijinhos
Essas raízes que nos parecem firmes na terra, por vezes abafam o sufocam o oxigénio vital... é bom renovar a terra e dar a(r)sas ao que realmente nos faz respirar!
ResponderEliminarIsa, como sempre, fazes-nos refletir neste teu olhar do mundo... Gostei muito deste passeio pelo sub-solo :)
Beijinhos!
Dulce, só espero florescer mais viçosa! :)
ResponderEliminarObrigada pela tua presença!
Beijinhos
Na Primavera as flores ganham outras cores e raízes novas também...
ResponderEliminar:)
Por isso é a minha estação preferida! :)
EliminarWow... a analogia está perfeita...
ResponderEliminarBeijo amigo