Quem lê / Who's reading

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Corredor de hospital / Hospital hall

Empty concrete hall _Tim in Sydney

Os corredores dos hospitais são todos iguais, entendo-o cada vez mais.
Em todos eles o silêncio nos habita mais que na sala de espera, ouvindo o som da voz sumida que sabemos ir encontrar; som que se sobrepõe àquele que nos aperta a garganta, que sabemos que não pode dali passar, não pode passar para os olhos.
Em todos eles, o cheiro do etanol, que se abriga junto ao som, deixando um sabor amargo.
Em todos eles, portas iguais, ainda que por detrás delas se encontrem olhos diferentes.
Com diferentes gradações de esperança. Com diferentes gradações de dor.
Saber que em algumas a dor maior que dorme é a da solidão.
Continuar, até ao fundo do corredor, onde gotas de esperança correm por um tubo fino, para se misturarem com o inimigo que não conseguimos ver nem tocar. Só conseguimos ver o líquido a pingar; como um dia imaginaríamos que a esperança seria líquida? Ou que passaria pela extremidade fina de uma agulha?
Como saberíamos que a esperança poderia ser tão dolorosa quanto o invisível que não quer deixar de avançar?

Para todos aqueles que precisam de esperança, e que têm mais força que aquela que nos atrevemos a imaginar…

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The hospital corridors are all the same, I understand it more and more.
In all of them, the silence that dwells more in the waiting room, listening to the sound of a whispered voice we know we will find; the sound that overlaps the one who tightens the throat, the one we know we can not let escape, can not let go to the eyes .
In all of them, the smell of ethanol, hidden with the sound, leaving a bitter taste.
In all of them, the same doors, even though behind them they are different eyes.
With different gradations of hope. With different gradations of pain.
Knowing that in some the biggest pain sleeping there is loneliness.
To continue, until the end of the corridor, where drops of hope run through a thin tube, to get mixed with the enemy we can not see or touch. We can only see the liquid dripping, how could we one day have imagined that hope would be liquid? Or that it would be as thin as the end of a needle?
How would we know that hope could be as painful as the invisible that wishes to move forward?


For all of those who need hope, and have more strength than the one we dare to imagine…

domingo, 19 de maio de 2013

Mais uma segunda-feira


Mais uma segunda-feira.
Espero sentada nos mesmos bancos de todas as segundas-feiras.
Alguns rostos também são de todas as segundas-feiras, mas não os conheço.
A carruagem chega e pára, para me levar. A mim e aos outros rostos.
Ainda estou meia adormecida, saio por um pouco do mundo que sempre me povoa os pensamentos (ou os atormenta?) e olho à volta.

Continue a ler no Pense fora da caixa, por aqui:



O pense fora da caixa  é um blog que reúne um grupo de autores que têm em comum o gosto pela escrita. Pensamos diferente e, nesse espaço, partilhamos alguns dos nossos pensamentos convosco. Sigam o link e venham connosco PENSARDIFERENTE.


Encontrem-me em Autores / Isa Lisboa

domingo, 5 de maio de 2013

Um feliz dia para as mães / A happy day for mothers

Foto da web


"Os braços de uma mãe são feitos de ternura e os filhos dormem profundamente neles."

Victor Hugo

Um feliz dia para todas as mães, as de ventre e as de coração!


*~*

"The arms of a mother are made of tenderness and their children sleep deeply  in them."

Victor Hugo
A happy day for all mothers, the ones of womb and the ones of heart! 

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