Loucos de Lisboa
“Sim, Z, tu és
insignificante.”
Assim termina a primeira cena
do filme “Formiga Z”.
Z, a formiga encontra-se no
consultório ouvindo o seu psicólogo.
Com um olhar entre o
conformado e o pânico, Z constata: “Mas isso quer dizer que…” “Sim, Z, tu és
insignificante.”, termina o psicólogo.
Sinto-me naquele divã sempre
que alguém tenta lançar-me uma pala ou uma venda sobre os olhos.
Por vezes parece-me que
caminhamos cada vez mais para nos tornarmos formigas, num carreiro complexo.
Mas embora as colónias de
formigas sejam reconhecidas como uma das sociedades mais eficazes à face da
Terra, parece-me que no caso dos bípedes, o resultado é um pouco diferente.
Ao contrário de Z, o
psicólogo ainda não poderá dar por terminado o meu tratamento.
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"Yes, Z, you are
insignificant."
Thus ends the first scene of the movie
"Ant Z".
Z, the ant, is in a room listening to his
psychologist.
With a look on his face, a mix between
conformed and panic, Z realizes, "But that means ..." "Yes, Z, you
are insignificant." Ends the psychologist.
I feel in that couch whenever someone
tries to throw a visor or a blindfold over his eyes.
Sometimes it seems that we are moving
increasingly to become ants, in a complex path.
But while ant colonies are recognized as
one of the most effective societies on earth, it seems to me that in the case
of bipeds, the result is a little different.
Unlike Z, the psychologist will not terminate
my treatment yet.