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As estações
de caminho de ferro são locais com muita personalidade. Umas mais que outras,
um pouco como as almas que por lá passam.
Veias de
partidas e chegadas, nelas flui a
imaginação.
Sejam elas
grandes interpostos onde se cruzam vários destinos, ou sejam elas pequenas
estações onde uma pequena carruagem passa poucas vezes no dia, todas elas têm o
seu fascínio.
Talvez ainda
pelo relógio sempre presente no cais de embarque – os relógios também eles
peças com muita personalidade.
Ou talvez
pelos comboios que chegam de outras paragens, que nos levam a outros lugares.
Sentada no banco da estação, olho os carris, e imagino ali a chegar um dos
velhos comboios a vapor, com o seu som característico, lá dentro alguém atira
carvão para a fornalha e a carruagem arranca de novo, levando consigo os
vagões, e os seus passageiros, com as malas ao pé de si. Malas, algumas cheias
de sonhos e expectativas, de como será a estação no destino, de quando voltarão
àquela estação, se estará na mesma quando voltarem…
Creio que
nunca estará… O comboio traz algo e algo leva. E assim a estação de
caminhos-de-ferro acumula as suas histórias…
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The railway stations are places with lots of personality. Some more than
others, just as the souls who pass by.
Veins of departures and arrivals, the imagination flows in them.
Whether they are large stations at the crossroads of several
destinations, or whether small stations where a little carriage passes a few
times a day, they all have their charm.
Perhaps the clock always present in the piers - they also pieces with
lots of personality.
Or maybe the trains arriving from elsewhere, that lead us to other places.
Sitting on the bank of the station, I look ay the rails, and I imagine one of
the old steam trains arriving, with their distinctive sound, inside someone
throwing coal into the furnace and the carriage starts again, carrying wagons,
and their passengers with their bags beside them. Bags, some full of dreams and
expectations, how will the station be at the destination, when will they return
to that station, will it be the same when they return ...
I think it will never be ... The train brings something and takes
something with it. And so the station railways accumulates their stories ...
Muito bom!
ResponderEliminarIsa, para quem passa todos os dias da semana 4 horas no comboio, este seu texto traduz o emaranhado de sentimentos e inspiração que as carruagens e as estações podem trazer. Adorei ler!
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarVim para me deleitar com suas magníficas postagens, e aproveito pra lhe deixar, além do meu abraço, os votos de um final de semana esplendoroso.
Sejas feliz e até mais!
Olá,
ResponderEliminarEste post lembra-me as minhas viagens para a casa da minha avó, as férias grandes, a ansiedade de viajar naquele comboio que fazia aquele barulho típico e ritmado e que demorava uma eternidade para chegar.
Gostei muito.
Uma pena que algumas estejam reduzidas a apeadeiros...
ResponderEliminarassim é!
ResponderEliminarum emaranhado de historias e segredos.
bonito poste
beij
Bem poéticos os comboios de antanho!
ResponderEliminarAbraço!
o mundo está em constante mutação
ResponderEliminare os lugares também, tal qual as estações
bem como as pessoas
e ainda bem que sim :))
belo texto, Isa.
beijo.
Também me fascinam os comboios e as estações. As vidas e os sonhos que por ali se cruzam...
ResponderEliminarBjs
gosto das viagens de comboio
ResponderEliminarhá uma ligação direta à terra
um abraço
Certas estações são mesmo nostálgicas, porque elas eram ainda mais bonitas com os comboios a vapor...
ResponderEliminarIsa, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijos.
Ando há tempos para iniciar uma série sobre estações de caminhos de ferro. O comboio é o meu transporte preferido e há estações belíssimas. Mesmo em Portugal, onde a azulejaria de alguma é uma obra de arte.
ResponderEliminarCarlos, essa série sobre estações de caminho de ferro parece-me uma ideia a seguir, sem dúvida! :)
ResponderEliminarDeixo também o meu obrigada a todos por viajarem comigo neste comboio!
Beijos
Caminhar pelo seu blog tem sido um verdadeiro prazer. Você tem textos excelentes como este. Sorte minha! Bj
ResponderEliminarBem poético e nostálgico o que escreveu...e tanta saudade trouxe ao cimo...quanta saudade...
ResponderEliminarMaria Luísa
O argumento de meu último poema "Eu Vivo..." tem sido escrito ao longo de uma vida.
ResponderEliminarA peça ainda não terminou,
mas num dia esperado
Termina!
Obrigada por suas palavras e por sua presença, nos "7degraus".
Maria Luísa Adães
deixo para ti
ResponderEliminarAcácias...
Muitas Acácias ao meu redor
Rubras e lindas
Lembram-me o meu sonho
De querer voltar
De querer agarrar a vida e o amor
E estas Acácias vermelhas e floridas
Que o cacimbo da noite africana
Com foça ou com leveza as abraçava
E as beijava suavemente
Sem nunca pedirem licença
Iam sorrindo para mim
Sorrindo sempre
Sorrindo com meiguice
E eu ao fechar os olhos
Vejo-vos, Acácias lindas
Flores da minha recordação
E da minha juventude
Aqui neste cantinho...
Presto-vos a minha
Singela homenagem!...
LILI LARANJO