Quem lê / Who's reading

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Em tempo de balanço / Time to make a balance

2011 está a terminar. É inevitável fazer um balanço. 
Não posso dizer que foi um ano fácil.
Mas todas as dificuldades são, simultâneamente, uma oportunidade. Oportunidade de reafirmação da nossa força e capacidade de luta, e de renovação de nós mesmos.
2011 foi, também, o fim de um ciclo. 
Ao passar por mais esta porta, deixo atrás momentos menos bons, é certo. Arquivei-os no separador"Com isto aprendi que...". É lá que pertencem, é lá que devo fazer por mantê-los.
Os bons momentos e as pessoas que me os ofereceram, estão sempre comigo. Estejam perto ou longe. É delas que me lembro nos dias em que sou feliz. São elas que fazem sobressair o melhor de mim. São elas quem o merece.

Não espero que 2012 seja um ano apenas com bons momentos para contar. Porque a vida não é isso, mas sim uma balança.
Nos pratos da balança está por vezes o Bem e Mal Mas, na maioria das vezes, não é assim tão simples. É difícil manter o equilíbrio, é difícil saber se a balança está equilibrada e, principalmente, é difícil saber a receita certa para a equilibrar.
A vida não tem um mapa, somos nós quem tem que encontrar o caminho. Ou caminhos. Cada dia é diferente.

Para 2012, desejo a todos que o caminho esteja iluminado, que por cada pedra que nos faça tropeçar, haja uma onde possamos sentarmo-nos a recuperar forças. Que mesmo que tenhamos que caminhar sob o sol quente, haja uma sombra no meio do percurso. E que possamos ir recolhendo as marcas da meta ao longo da estrada.

Em tempo de balanço, Feliz Ano Novo!


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2011 is coming to an end. It's inevitable to make a balance. 
I can't say it's been an easy year.
But all difficult times are, at the same time, an opportunity. Opportunity to reafirm our strenght and habilty fo fight, and to renew ourselves.
2011 was, also, the end of a cicle.
Going through another door, I leave behind moments less good, it's true. I've filed them in the sheet "With this I've learned that...". That's where they belong, that's where I must keep them.
Good moments and the people who offered them to me, they are always with me. Wheter they are close or far. They are the ones I remember in the days I'm happy. They are the ones who excel the best of me. They are the ones who deserve it.

I don't expect 2012 to be a year with only good moments to tell about. Because life is not that, but it is a scale.
In the scale's arms, there is sometimes Good and Evil. But, most of the times, it's not that simple. It's hard to keep balance, it's hard to know if the scale is balanced and, mainly, it's hard to figure out the right recipe to balance it.
Life has no map, we are the ones who will have to find the way. Or ways. Each day is different.

For 2012, I wish to everyone that the path has a light, that for each rock that makes us stumble, there is one where we can seat on and regain streght. That even if we need to walk under hot sun, there is a shadow in the middle of the road. And that we can collect the marks of the finish line along the way.

In time of balance, Happy New Year!




segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Memórias de Natal / Chistmas memories

Foto: Isa Lisboa
Costumava ir com a minha mãe cortar um pinheirinho para o Natal, e depois apanhar musgo para fazer o presépio. Inevitavelmente voltava destas aventuras com a roupa um pouco molhada e com as mãos impregnadas de terra e resina. Mas com o meu sorriso de criança bem aberto.
Seguia-se a colocação da árvore no sítio mais bem escolhido. As luzes, as fitas de Natal com muitas cores, bolas e sinos brilhantes, uma estrela de papelão colorido.
Depois, espalhava o musgo pelo chão, juntava os pedaços num puzzle perfeito. Precisava de um manto verde extenso, o espaço parecia ser sempre curto para colocar todos os participantes do presépio. A cabana onde colocava o berço, com uma estrutura improvisada cada ano, e coberta com os pedaços de musgo mais bonito. Aos Reis Magos, juntavam-se o pastor, com as suas ovelhas brancas, o pescador ao lado de uma ponte... e se existia uma ponte, era preciso retirar um pedaço de musgo para transformar um simples plástico azul ou um velho espelho num rio. Ao fundo, o castelo, que estava num monte, também ele construído com o que existia à mão, e coberto por musgo, mantendo o efeito. A ligar estas personagens, umas mais improváveis que outras, um caminho de neve, inventado com produtos da despensa lá de casa.
As prendas aconchegavam-se ao lado da árvore. Sentia uma imensa curiosidade infantil que me levava a pegar nas prendas, sentir o formato, abaná-las. Tentava perceber o que se escondia dentro do papel de fantasia, mas nunca abria as prendas antes do tempo. Gostava da antecipação, deste pequeno jogo de adivinhação.
Lembro-me bem deste pequeno combate que travava com a minha curiosidade, com a vontade de descobrir o mistério. E do cheiro a terra molhada, não o cheiro a terra molhada do verão, a terra molhada que vinha agarrado ao musgo e o cheiro a pinhal que ficava na minha sala. Tudo isso dava mais brilho ao conjunto.
Lembro-me do aroma dos fritos de abóbora, a minha missão em criança era a de adoçá-los com canela e açúcar, que misturava meticulosamente, procurando a dose certa de cada um. E lembro-me do cheiro do café,  que ainda não podia provar. Anos depois, apenas gostava daquele café com os doces de Natal.
São estas recordações que ainda me fazem gostar tanto do Natal, ainda que já use menos fitas e que o meu presépio seja agora mais pequeno. Mas só os acessórios de Natal diminuíram. Continuo a enfeitar o cantinho da minha sala - agora no meu apartamento da cidade - com o mesmo sorriso de antes, com a mesma ansiedade para ligar as luzes e vê-las a piscar, a mostrar que o Natal vem aí. Continuo a misturar a canela com o açúcar...
É talvez a lembrança da Felicidade pura de quando somos crianças. Mas também a Felicidade que ainda consigo ver nos adultos nesta altura.
É uma altura em que as pessoas são mais solidárias, mais disponíveis para estar um pouco com os outros. Dizem alguns que nesta altura todos fazem num mês o que deviam fazer durante todo o ano, e que é uma época de consumismo. Sim, isso também é verdade, mas ainda vejo o espírito verdadeiro de Natal em algumas pessoas. Ainda existem pessoas que sabem que um abraço, um sorriso, uma mão, um ombro, uma palavra simpática, valem infinitamente mais que um presente embrulhado. E é isso que faz o Natal e é por isso que gosto genuinamente desta altura do ano.
E em cada noite de Natal, mesmo agora já crescida, consigo por um momento lembrar-me daquela criança loira, sentada no chão, a olhar para as luzes de Natal a piscar, simplesmente e apenas feliz.
Deixo aqui o meu simples desejo de Natal: que nos lembremos de como uma pequena luzinha nos pode fazer felizes, nem que seja apenas por uma noite.

Um Bom Natal para todos, e muitas Felicidade para 2012. 
Muito especialmente a todos aqueles que, por existirem na minha vida, fazem do Natal e, especialmente, de cada dia, uma ocasião especial.

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I used to go out with my mother and cut a pine tree for Christmas , and then get some moss to the Crib. Inevitably I would came back from these adventures with my ckothes somewhat wet and my hands full with dirt and resin. But with with my children's smile wide open.
Next, I would have to place the tree in the best spot. The lights, the Christmas ribbons with lots of colours, brifgt spheres and bells, a star made of colourfull cardboard.
Then, I would spread the moss on the floor, gathering the pieces in a perfect puzzle. I needed a big green cloth, the space always seemed too short to put all the participants in the Crib. The shed where I placed the cradle, with an improvised structure every year, and covered with the most beautifull pieces of moss. The Magicians Kings, would get be acompanied by the shephard, with his white sheeps, the fishermen beside a bridge...and if there was a bridge, then I would need to take a piece of moss out, in order to turn a simple piece of blue plastic or an old mirror into a river. Further away, the castle, in a hill, that one also built with the material at hand, covered with green, keeping the effect. Connecting this carachters, some more unlikely than others, a snow path, made up with the products from the house storeroom.
The presents were place beside the tree. I felt an enourmous childhood curiosity that lead me to take the presents, feel it's shape, shake them. Trying to figure out what was hidden inside the fantasy paper, but I would never open the presents before time was up. I enjoyed the antecipation, this small divination game.
I remenber this small fight I would have with my curiosity, with the will to find the mistery. And the smell of wet land, not the onde in the sommer, but the wet land on the moss and the smell of pine tree left in my living room. All this would make the set glow. I remember the smell of pumpkin fried sweets, my mission as a child was to sweeten them with cinnamon and sugar, ingredients I would mix carefully. And I remember the smell of coffee, I could not taste yet. Years later, I only enjoyed that coffee with those Christmas sweets.
These are the memories that still make enjoy Christamas so much, eventhough with less ribbons and that my Crib is now smaller. But the Christmas acessories have decreased. I still make the Christmas tree in my corner - now in flat in the city - with the same smile as before, with the same anxiety to turn on the lights and see them blink, showing that Christmas is coming. I still mix the cinnamon with the sugar...
Perhaps this feeling is about the memories of pure Happiness, when we are children. But also the Happiness I can still see in grownups at this point.
People become more solidary, more available to be with eachother. Some say that at this time of the year, everyone does what they should have done during the year, that this is a time of consumerism. Yes, thar is also true, but I can still see the real Chistmas spirit in some people. Some people know that a hug, a smile, a hand, a shoulder, a nice word, are infinetly more valuable than a wrapped present. That's what makes Christmas and that's why I genuanly like this time of the year.
And in each Christmas Eve, even now all grown up, I can - for a moment - remember about that blonde child, seaten on the floor, looking at the Christmas lights blinking, simply and just... happy.
Here's my simple wish for Christmas: let us remember about how a small little light can make us happy, even that it is only for one night.

A Merry Christmas to everyone, and all the Happiness in 2012.
Specialy to all those who, for being a part of my life, make Christmas and, specially, each day, a special occasion.


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domingo, 13 de novembro de 2011

O dia em que olhámos para Dili / The day we saw Dili



12/11/2011. Há 20 anos, aconteceu um massacre em Dili, Timor Leste. As pessoas que deram as suas vidas nesse dia, foram, talvez sem o saber, mais que soldados caídos. Soldados, porque mesmo empunhando apenas cartazes e a sua voz de protesto, lutavam numa guerra, talvez a guerra mais motivadora de todas, a guerra pela independência e liberdade.
Mas mais que soldados, porque a sua morte colocou Timor no mapa. No mapa dos povos que precisavam de ajuda.
Eu tinha 12 anos na altura, não sabia quem era aquelas pessoas, não sabia que existia uma ditadura na Indonésia, não sabia que Timor havia sido invadido e queria ser independente. 
Mas vi que a onda de solidariedade foi enorme, do cidadão anónimo que se reunia em vigílias por Timor, até às vozes que podiam ser ouvidas internacionalmente. Portugal defendeu uma causa e ajudou.
Ajudou, Timor é livre, continua a consolidar-se e definir-se como Povo, Estado e Nação.
Mas atrevo-me a dizer, não sei se injustamente, talvez, que a maioria dos portugueses também não sabia, até àquele dia, o que se passava em Timor.
Foi necessário um acontecimento desta magnitude, para chamar a atenção para o sofrimento de um povo, para a sua luta.
Talvez seja mesmo assim, por vezes não vemos o que está à nossa volta, ou mesmo ao nosso lado, não conseguimos ver além da cortina que se vai tecendo à frente dos nossos olhos. E é necessário um abanão para vermos com mais clareza. Mas depois do abanão, há a oportunidade de reconstruir. E isso só depende de cada um. 
E depois de 20 anos... penso...ainda bem que ainda existem pessoas que acreditam que é possível mudar o mundo...!

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12/11/2011. 20 years ago, there was a massacre in Dili, Esat Timor. The people who gave their lives that day were, perhaps without knowing it, more than fallen soldiers. Soldiers, because even though they only carried flags and their protest voices, they fought in a war, maybe the most motivating wars of all, the war for independence and freedom.
But more than soldiers, because their deaths placed Timor in the map. In the map of those people who needed help.
I was 12 years at the time, I didn't know who were those people, I didn't know there was a dictatorship in Indonesia, I didn't know Timor had been invaded and wanted to be independent.
But I saw that the wave of solidariety was huge, from the anonymous citizens gathering in watches for Timor, to the voices who could be heard internationaly. Portugal stood up for a cause and helped.
Helped, Timor is free, still consolitating as People, State and Nation.
But, I dare say, maybe being unfare, that most portuguese people didn't know either, until that day, what was happening in Timor. 
It was necessary a big event like this, to call attention to the suffering of this people, to its struggle.
Maybe that's the way it is, sometimes we don't see what's around us, or even by our side, we cannot see behond the curtain that weaves in front of our eyes. And we need a shake to to see more clearly. But after that shake, there is an opportunity to rebuild. And that is up to each one of us. 
After 20 years... I think... I'm glad there's still people who believe it is possible to change the world.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Between the raindrops of chaos.../ Entre as gotas de chuva do caos...

I woke earlier then usual, and as I was trying to convince myself to get up, I tought..."When is this day going to end...???"

The day promissed to be caotic, the major public transport companies on stike, and a forecast of rain for the day... On the radio, they were confirming all this scenario, and I felt like curling up in my blanket and go back to sleep... But reality was calling, so I got up. I got to my car, ready to drive to work. 

Was expecting a long line of traffic, relying on the radio to keep me company, during the waiting time... But while I listened about all the traffic lines in other roads, the cars ahead of me seemed to move normaly... And so they did, and I arrived the destination, a bit less upset by now... When I got of the car, it was raining, of course, but not not enough to cause a small flood, unlike the last rainy days.

At the end of the day I managed to return just as easily as I got there in the morning...

And why am I telling you all this...? Because sometimes, when the jorney promisses to be bad, there is a surprise waitting, and we can get away between the raindrops of chaos....

"Anyone who thinks sunshine is pure happiness, has never danced in the rain..."
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Acordei mais cedo que o costuma, e enquanto tentava convencer-me a levantar-me, pensei: "Quando é que este dia vai acabar...???"

O dia prometia ser caótico, as principais empresas de transportes públicos em greve, previsões de chuva para o dia... No rádio, os locutores confirmavam este cenário, e eu senti vontade de me enroscar no cobertor e voltar a dormir... Mas a realidade chamava-me, e então levantei-me. Dirigi-me ao carro, pronta para o conduzir para o trabalho.

Esperava uma longa fila de trânsito, contando com o rádio para me fazer companhia, durante o tempo de espera... Mas enquanto ouvia sobre as filas de trânsito noutros percursos, os carros à minha frente pareciam movimentar-se normalmente.... E assim era, e cheguei ao destino, um pouco menos irritada agora... Quando saí do carro, chovia, mas não o suficiente para causar uma pequena inundação, como nos últimos dias de chuva.

No final do dia, consegui voltar com a mesma facilidade que cheguei de manhã...

E porque vos conto tudo isto...? Porque, por vezes, quando a viagem promete ser má, uma surpresa espera-nos, e conseguimos escapar entre as gotas de chuva do caos...

"Quem pensa que um dia de sol é pura felicidade, nunca dançou à chuva..."



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Avalon

http://keystoneimages.com.br/imagens-incriveis/paisagens-incriveis/visao-abstrata-de-uma-estrada-no-meio-do-nevoeiro/


Há alguns dias, um jornal diário publicou o resultado de um desafio lançado aos seus leitores: escrever uma notícia que acontecerá daqui a 20 anos.
Robôts que ganham o direito de amar, novos lares na Lua, carros sem condutor, pílulas que saciam a fome, substituído a gula dos sabores...
Entre estas ideias futuristas, mais ou menos já imaginadas, vi um título que me surpreendeu: "Confirmada a existência do Monstro do Loch Ness".
No outro fim de semana, lia uma revista onde também um pequeno artigo me retirou por momentos da barulhenta realidade do presente e que me transportou um pouco para trás... Foram encontrados vestígios que apontam para a existência do "Abominável Homem das Neves".
Somos, de facto, uma sociedade complexa, fascinada e até dependente da tecnologia, militante da teoria de Darwin, mas ainda assim, fascinada também com o passado, talvez, no fundo, procurando ainda as Brumas de Avalon...

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Some days ago, a daily newspaper published the result of a challenge to it's readers: to write a piece of news that will happen 20 years from now.
Robôt who get the right to love, new homes on the Moon, cars without driver, pills that calm hunger, replacing the lust of flavours...
Between this futurisc ideas, more or less imagined by now, I saw a title which surprided me: "The Loch Ness Monster exists!"
The other weekend, I was reading a magazine, were a small article also pulled me out, for a moment, from the noisy reality of present days and carryied me a bit back... Traces of the "Yeti" have been found.
Indeed, we are a complex society, fascinated and even dependent in technologie, militant of Darwin's Theory, but still, also fascinated by the past, maybe, deepdown, still searching for the Mists of Avalon...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O poder de um sorriso aberto / The power of an open smile


I saw this video posted in a friend's facebook wall, and looking at her comment, it seemed it would be a good story.
I started watching it with my mind still working on what I wanted to do in the rest of the day, but I immediatly noticed his open smile and I felt that he was at peace with life.
He tells his story with that same smile, with the same natural way he says that wining the competition would be a dream. When I've listen to him singing that powerfull song, I kept imagining in my mind the scenes of those two brother's childhood..
I could write so much more about this video and about this young man, but I will only ask you to watch the full video.  And to think about the last time you had a problem and try to smile like him.
Thank you, Emmanuel. And thank you, mother Moira!

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Vi este vídeo no mural do facebook de uma amiga e, pelo comentário dela, pareceu-me que seria uma boa história.
Comecei a ver o vídeo com a minha mente ainda activamente a pensar no que queria fazer no resto do dia, mas de imediato notei o seu sorriso aberto e tive a sensação de que ele estava em paz com a vida. 
Conta a sua história com esse mesmo sorriso, com a mesma forma natural com que diz que para ele seria um sonho ganhar o concurso. Quando o ouvi cantar aquela canção poderosa, apenas conseguia projectar na minha mente as cenas da infância daqueles dois irmãos...
Poderia escrever muito mais sobre este vídeo e sobre este jovem, mas apenas vos pedirei que vejam o vídeo até ao fim. E que pensem na última vez que tiveram um problema e tentem sorrir como ele.
Obrigada, Emmanuel. E obrigada, mãe Moira!


domingo, 2 de outubro de 2011

Direitos / Rigths

Em 2 de Outubro de 1789 foi votada e aprovada oficialmente a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este documento viria a ser a base da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Poderia falar sobre as situações que vemos frequentemente nas notícias e que nos mostram que ainda muito há a fazer para que os princípios aí descritos sejam verdadeiramente "universais".  Estas são as situações com as quais apenas me cruzo na distância dos ecrãs e das folhas impressas.  Não vou escrever sobre guerra, tortura, censura, e outras palavras como esta. Talvez outro dia.

Olho hoje para os nossos pequenos e seguros mundos, em que podemos também cruzar-nos com situações em que palavras como a igualdade e a liberdade não são talvez praticadas amplamente. Todos reivindicam o seu direito a ter voz, opinião, vontade, espaço...

Todos estes são direitos indiscutíveis, mas quero lembrar a esse propósito um dos artigos desse documento:

Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

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In October 2, 1789, the Rights of Man and Citizen Declaration has been oficially aproved. This document would become the basis of the ONU's Human Rights Declaration.
I could speak about the situations that we constantly see in the news, and which show us that there is still a lot to do, so that those principles are trully "universal". These are the situations I came across only in the distance of a sreen or printed pages. I will not write about war, torture, censorship, and other words like these. Maybe some other day.

Today I'm looking at our little safe worlds, where we can came across situations in which words like equality and freedom are not practiced fully. Everybody ask for their right to a voice, opinion, will, space...

All those rights are undisputable, but I wish to remember, thinking of this, one of the articles in this document:
Art. 4.º Freedom is about being able to do anything that is not harmfull for others: so, the exercice of each man's natural rights has no limits but those which ensure other society members the exercice of the same rights. This rights can only be determined by law.

 


sábado, 1 de outubro de 2011

Elemento Neutro, Elemento Absorvente / Neutral Element, Absorbing Element

Elemento neutro, elemento absorvente. Duas propriedades matemáticas básicas. O elemento neutro, qualquer número que a ele se multiplique, ficará igual. Zero, o elemento absorvente, que ganha todas as contas de multiplicar.
Lembrava-me destes dois conceitos em que já penso pouco no meu dia-a-dia, e apercebi-me de que na realidade me cruzo com eles muitas vezes.
Porque todos conhecemos pessoas que são elas próprias elementos neutros ou absorventes na vida.
Talvez por defeito de formação, acredito que a matemática é uma das linguagens que ajuda a explicar a existência. Por essa razão, penso, o neutro e o absorvente são necessários, qual Yin e Yang. Mas vejo esta filosofia com uma perspectiva de equilíbrio, um equilíbrio que devemos procurar em nós mesmos, antes de tudo.
Não ser Um nem ser Zero. Se o elemento neutro não se desgasta, também não ganha nada. Se o elemento absorvente permanece indestronado, também parece nada aprender com quem se cruza.
É esse um dos códigos da matemática que podemos usar na vida: cabe-nos somar, dividir, multiplicar e por vezes subtrair também, mas por todos os 10 algarismos e não apenas pelo Zero e pelo Um.

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Neutral Element, absorbing element. Two basic mathematical properties. The neutral element, any number multiplied by it, will stay the same. Zero, the absorbing element, who wins all multipliying operations.
I was thinking about this two concepts in which I hardly think about in my everyday life e I've realised taht I actualy come across them many times.
Because we all know people who are themselves neutral or absorbing elements in life.
Maybe as an academic defect, I believe math is one of the languages which helps explaining existence. Because of that, I think, neutral and absorbing are both necessary, like Yin and Yang. But I see this philosophy in a perspective of balance, a balance we should look for in ourselves, before everything else.
Not to be One neither Zero. If the neutral element does not get used, it does not win anything. If the absorbing element stays intact, it doesn't learn anything from who crosses it's path.
That is onde of the mathematical codes we can use in life: it's up to us to sum, divide, multiply and, sometimes, subtract. But by all the 10 digits and not only by Zero and One. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sinal verde / Green light

Levanto-me. Depois do duche, visto-me, trato de definir as ondas irrequietas do meu cabelo. Faço a cama. Tomo o pequeno almoço. Escovo os dentes. Passo um pouco de côr no rosto. Pego na mala e no livro que me acompanha nestas manhãs de sono e no regresso a casa. Dirigo-me à garagem.
A minha vizinha arruma um chapéu de praia no carro.
Sento-me e arranco, fechando a porta da garagem atrás de mim.
No mesmo cruzamento de todos os dias, o trânsito está uma confusão e aguardo pacientemente a minha vez, atrás do autocarro, que é talvez o mesmo todos os dias.
Passo vários semáforos, páro consoante a cor. Chego àquele e começo a abrandar com intenção de parar. De repente percebo que está verde, e recomeço o passo acelerado.
Continuo com uma leve sensação de receio. De receio de que a rotina esteja ali sentada ao meu lado, pois lembro-me de que aquele sinal costuma estar quase sempre vermelho.
Sigo, estaciono, sento-me no metro e escrevinho esta ideia estranha. Quando me levanto, percebo que o metro está mais cheio que noutros dias... Sigo, e durante o dia, completo de outros pensamentos, não voltei a lembrar-me desta sensação, até pegar no bloquinho...

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I get up. Take a shower, get dressed, take care of the restless waves in my hair. Make the bed. Have breakfeast. Brush my teeth. Put a little colour in my skin. I grab my bag and the book that follows me in this sleepy mornings and in the return home. I head to the garage. 
My neighbour is packing a beach bag in the car.
I seat and I go, closing the garage door behind me.
In the same crossroad of everyday, the traffic is a mess and I wait paciently for my turn, behind the bus, which is probabily the same of everyday.
I go by several trafficlights, stoping with the colour. I reach that one and I start slowing down, intending to stop. Sudenly, I realise it is green, and I restart going faster.
I carry on with a sligh feeling of aprehension. Of aprehension that the rotine is seating besides me, because I've remembered that light is almost always red.
I go forward, park, I seat in the subway e I scrabble this stange thought. When I get up, I realise the subway is fuller than the other days... I go forward, and, during the day, complete with other thoughs, I didn't remenber this feeling again, until I've grabed my little notepad...
 

sábado, 24 de setembro de 2011

"Blade Runner"

Imagem da web
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Pistorius

Fiquei a conhecer hoje a história deste atleta. A sua vida é uma inspiração, não apenas pelo que salta à primeira vista, o ser um atleta paralímpico, mas também pela sua luta para competir no jogos olímpicos. Oscar Pistorius perdeu ambas as pernas ainda bébé, e correu sempre pelos seus sonhos. Foi jogador de râguebi, quando era mais jovem. Estabeleceu records nos Jogos Paraolímpicos. E lutou para competir nos Jogos Olímpicos, respondendo a críticas de que as sua próteses lhe dariam vantagem relativamente aos restantes atletas.
É esta a verdadeira inspiração deste homem: num Mundo em que todos querem ser diferentes, ele quer ser igual.

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Today I got to know the story of this athlete. His life is an inspiration, not only because of what we see at first sight, that he is a paraolimpic athlet, but also for it's struggle to compete in the Olimpic Games. Oscar Pistorius lost both legs when he was still a baby, and always ran for his dreams. He established records in the Paralympic Games. And fought to compete in the Oplympics, answering to the critics that it's prostheses would give him an advantage over the other athletes. This is the true inspiration about this man: in a worl where everyone wants to be different, he wants to be equal.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dia Internacional da Paz -- International Peace Day

Hoje é Dia Internacional da Paz, um dia proclamado pela ONU como uma dia de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo.
Noticiam-se iniciativas para celebrar este dia, como a distribuição de abraços grátis em algumas cidades do Mundo.
Gosto destas pequenas iniciativas simbólicas, que têm pelo menos o efeito de nos fazer pensar no seu significado. Infelizmente, pensei, este efeito pode ser bastante efémero por vezes... Durará certamente o tempo de acabar de ler a notícia, voltará se encontrarmos um dos "activistas" que distibuem abraços por quem passa... Acredito que seja positivo, ainda assim!
Mas fiquei também a pensar, na palavra "cessar-fogo"... Porque de imediato se associa a guerras, daquelas de artilharia pesada, de complicadas estratégias... Mas quantas se travam na banalidade dos dias, entre a leve irritação com quem está ao nosso lado no metro e nos dificulta a manhã em que já custou tanto a acordar. E ainda na banalidade menos banal das tricas que vemos, no passar sem olhar quem se pisa... Esta menos leve irritação, bélica também, e que pede igualmente um cessar-fogo... Nem que seja apenas um dia por ano!

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Today is the Internacional Peace Day, a day proclamed by the UN as a ceasefire and non-violence day, all over the world.
We read stories about iniciatives to celebrate this day, such as the distribution of free hugs in various cities of the world.
I like this small and simbolic iniciatives, which have, at least, the effect of making us think about it's meaning. Unfortunatlly, I thought, this effect can be sometimes unlasting... It will certainely last for as long as we finish reading the story, it will came back if we find one of the "activists" who distribute hugs... I believe it is positive, even though!
But it also made think about the word "ceasefire"... Because we immedeatly assoacite it with wars, those of heavy artillary, of complicated strategys...
But how many are fougth in the banality of days, between the sligh exasperation with who's seating next to us on the subway and makes this morning harder... A morning when it was already so hard to wake up. And also in the banality less trivial of the bickering we see, in all the passing by without looking at who they're steping on...This less sligh exasperation, war like as well, and which also asks for a cease fire... At least for one day in the year!

9/11

A New York radio made a challenge to it's listener's: to pick a song that illustrattes 9/11, 2011. One of the top choices was "Imagine" by Jonh Lennon. This song has always been one of my favourites, for it's powerfull message...
A message of peace, of understanding and accepting who's different from me.
I fear that "Imagine"'s worl will never come, but I hope that some people keep trying to build it, in their countries, but specialy in their own street, in their own circle. Because the smaller worlds, like our own minds, are the beginning.
The images from 10 years ago keep showing up on the TV screens again, we listen to the stories of the survivors and to the stories of those who lost someone.
I'm leaving here my small tribute to the victims, their famillies and friends, and to the anonymous heroes, from the ones who died helping others to those who helped someone go through the day. Not only to those affected by 9/11, but also to those affected by wars, sometimes not theirs, by tsunamis, earthquakes, floods, all natural catastrophes. And to all those who have or are suffering with any tragedy we won't see in the TV screen...

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Uma rádio de Nova Iorque lançou um desafio aos seus ouvintes: escolher uma música que fale do 11 de Setembro, 2011. Uma das mais votadas foi "Imagine", de Jonh Lennon. Esta música sempre foi uma das minhas favoritas, pela sua mensagem poderosa...
Uma mensagem de paz e aceitação, daqueles que são diferentes de mim.
Temo que o mundo de "Imagine" nunca existirá, mas espero que algumas pessoas continuem a tentar construí-lo, nos seus países, mas particularmente, nas suas ruas, no seu círculo. Porque os pequenos mundos, como as nossas mentes, são o inicio.
As imagens de há 10 anos, continuam a aparecer novamente nos ecrãs de televisão, ouvimos as histórias dos sobreviventes e as histórias de quem perdeu alguém.
Deixo aqui o meu pequeno tributo às vítimas, às suas famílias e amigos, aos heróis anónimos, desde aqueles que pereceram a ajudar outros até aqueles que simplesmente ajudaram alguém a chegar ao fim do dia. Não apenas àqueles afectados pelo 11 de Setembro, mas também por guerras, nem sempre suas, por tsunamis, tremores de terra, inundações, todas as catástrofes naturais. E a todos aqueles que sofreram ou sofrem por alguma tragédia que não veremos num ecrã de televisão.
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