A propósito de uma polémica declaração de um banqueiro português, uma revista semanal publicou uma comparação do dia-a-dia de dois homens.
Um deles, o banqueiro, o outro, C., um sem abrigo, que habita as ruas de Lisboa. Desempregado, ganha 0.7€ por dia. O banqueiro ganha 1.647€ no mesmo dia.
A certa altura, falando de C., diz-nos a publicação, «Daqui a duas semanas, espera conseguir cortar o cabelo e festejar o aniversário. "Compro um bolinho no Pingo Doce. Faço 29 anos e tenho que comemorar."»
Queria tanto escrever sobre esta frase.
Mas o aperto que senti na garganta ao lê-la, alojou-se nos meus dedos. Não consigo escrever.
As vezes o silêncio fala mais que mil palavras! abraços
ResponderEliminarCada um consegue ver e sentir as situações
ResponderEliminarde uma forma unica.
Tambem fico sem palavras diante de certas situações.
Bjins
Catiaho Reflexo d'Alma
Muito bem observado. São dias tristes e de grande insensibilidade...
ResponderEliminarBeijinho grande
aprender a sobreviver sem o que nos faz falta é um dom supremo, é privilégio dos seres simples e únicos
ResponderEliminartêm eles o condão de nos fazer sentir pequeninos
tão pequeninos...
entendo-te, Isa
há coisas [mesmo as nossas] para as quais não existem palavras que as traduzam
- um bolinho no Pingo Doce
- cortar o cabelo
- feliz, no dia do aniversário! 29 aninhos! quase criança
ah moça, deixaste-me de "lagrima no canto do olho"
beijo.
quando o que lemos é maior do que nós, para quê escrever?
ResponderEliminarum abraço
Há situações em que as palavras bloqueiam envergonhadas, perante a miséria deste mundo em que vivemos
ResponderEliminarBom fds
também li (sou assinante da revista)também me ficou um nó na garganta...
ResponderEliminar:(
Esse banqueiro é um energúmeno.
ResponderEliminarEncheu o banco com o nosso dinheiro e ainda nos trata mal. Puta que o pariu... Nunca falo mal, mas aquele gajo tirou-me do sério.
Isa, querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
Revoltante...
ResponderEliminarAs diferenças entre classes sociais é cada mais profunda...
ResponderEliminar"Caminhante, não há caminho. O caminho faz-se andando." Não é assim que diz o poeta sevilhano António Machado?
ResponderEliminarUm beijo