Com o segundo carimbo no meu passaporte, decidi-me
a iniciar algo que surgiu em conversa com uma amiga. A ideia foi a de
aproveitar o espaço deste blog para partilhar um pouco das minhas incursões
fora de Portugal. E agora enquanto escrevo, penso que também as escapadinhas
neste nosso canto da península poderão ter aqui algum
protagonismo.
Mas começo então pelo fim, ou seja, pelo último
destino que me chamou: Riviera Maya, México.
Quando me dirigia para o aeroporto, acompanhou-me
uma chuva fininha, e esperava-me o check-in mais demorado que fiz, a condizer
talvez com a também mais longa viagem de avião até à data (embora esteja
nos meus projectos fazer pelo menos uma mais longa ainda).
Mas esperavam-me dias de sol e temperaturas a
rondar os 30º, por isso os ânimos não estavam condizentes com o
clima que se sentia em Portugal, mas sim com o que nos esperava na Playa Del
Carmén.
Chegámos à noite, que me pareceu menos quente que o que
esperava, mas talvez fosse ainda a lembrança do clima que deixei por uma
semana, já que as noites seguintes se mostraram mais
condizentes com o clima caribenho.
Na manhã seguinte, reencontrei o meu
amigo de sempre, o mar. Aqui com cores diferentes das da nossa costa, o azul
clarinho e límpido, a banhar a areia fininha e branca de que já
tinha ouvido falar.
Água
que convidava a entrar, calma e quente. Enquanto sentia o mar a envolver-me,
comecei a sentir-me, agora sim, inteiramente de férias.
Azul e branco, By Isa Lisboa |
A poucos minutos a pé, o hotel oferecia a piscina
para quem quiser sair um pouco da água salgada.
À noite, poderíamos optar por um espectáculo
de variedades que, embora um pouco mais virado talvez para o gosto americano,
era uma boa forma de entertainment.
Calle 5, Playa del Cármen, by Isa Lisboa |
Entertainment pode também chamar-se ao passeio em
Playa Del Carmén ou Xamanhá (água do norte). Situa-se no lado oposto à ilha de
Cozumel, que pode ser avistada da praia ao longo da qual se estende a artéria
com mais vida deste local. A “Calle 5”, conhecida como a 5ª Avenida, estende-se
ao longo da praia, até ao porto. Oferece inúmeras lojas de souvenirs,
restaurantes e bares, para satisfazer vários gostos turísticos,
haja vontade de gastar alguns pesos.
Ao longo da avenida, podemos encontrar algumas animações
de rua, como por exemplo as que nos recordam os antigos guerreiros e
feiticeiros mayas, trajados a rigor. Também vimos uma demonstração
da “Papandia Flyers”: a cerca de 30 metros do chão, o líder
dança ao som do instrumento pré-hispânico que toca do alto. Á
sua volta, quatro homens pendurados de cabeça para baixo descrevem círculos
no ar, recriando uma antiga cerimónia dedicada ao deus da primavera, de forma a obter
boas colheitas e solos férteis.
A comida mexicana foi aprovada, desde os tacos aos totopocos com guacamole ou queijo, embora o facto de eu não
gostar de picante me tenha feito olhar previamente com ar analítico
para as muitas opções disponíveis. Consegui evitar os
pratos “picosos”, o que não
fizeram alguns companheiros de viagem que experimentaram o pouco inofensivo habanero,
uma pequena concentração explosiva de picante. Para os mexicanos é um
sabor habitual, quando os comem “no pasa nada”. Para quem nunca tinha provado,
revelou-se uma experiência que creio que ficará com algum registo na memória.
Também os cocos frios, vendidos em banquinhas na
berma da estrada, foram refrescantes, pela água de coco e pelo coco, que
alguns provaram com um pouco de picante a temperar. Esta forma diferente de
comer coco foi sugerida por um dos guias que nos acompanhou numa excursão
de que falarei mais à frente (http://www.facebook.com/Exploratours).
Senti apenas falta do nosso café – como sempre – e
do peixe, o sabor do que provei não lembra de todo o peixe fresco disponível
facilmente em Portugal.
Revisitada aqui a parte mais “papoparaoarorismo” da
minha viagem, falarei outro dia do México Maya que visitei e do encontro com a
vida natural do México, os outros compartimentos desta minha mala de viagem.
………………
With the second
stamp in my passport, I’ve decided to start something that came up in
conversation with a friend. The idea was to use the space in this blog to share
some of my travels outside Portugal .
And now as I write, I also think the breaks in my corner of the peninsula may
have some role here.
But let’s begin from
the end, ie, the last destination I went to: Riviera Maya, Mexico .
When I went to
the airport, a thin rain accompanied me, and the check-in was the longenst I
ever did, matching well with what was perhaps the longest plane ride to date
(although I have it in my projects to make at least one even longer).
But I expected
sunny days and temperatures around 30 degrees, so the spirits were not
consistent with the climate that is felt in Portugal , but with that we expected
in Playa Del Carmen.
Azul, by Isa Lisboa |
We arrived at
night, which seemed less hot than what I expected, but perhaps it was still the
memory of the weather I left behind for a week, as the following nights were
more consistent with the Caribbean climate.
The next
morning, I met my lifelong friend, the sea. Here with different colours of those
in our coast, the light blue and clear water and white sand that I’ve heard
about.
The water was
inviting, calm and warm. As I felt the sea involving me, I began to feel, now, entirely
on vacations.
Relax, by Isa Lisboa |
A few minutes
walk from the hotel; it was offered a pool for those who wanted to get away
from salty water.
At night, we
could choose a variety’s show, a good form of entertainment, although perhaps
it was a little more for American tastes.
Entertainment is
what we can also call to the tour in Playa del Carmen or Xamanhá (Northern
Water). Situated opposite the island
of Cozumel , which can be
seen from the beach. The beach which extends along the artery with more life in
the place. The "Calle 5," known as 5th Avenue , extends along the beach to
the port. It offers numerous souvenir shops, restaurants and bars to suit many types
of tourist’s tastes, need only willingness to spend a few pesos. Along the promenade, we can find street animations such as
those that remind us of the ancient Mayan warriors and sorcerers, dressed
accordingly. We also saw a demonstration of "Papandia Flyers": about
30 metres above the ground, the leader dances to the sound of a pre-Hispanic instrument
that he plays up above. To his feet, four men hanging upside down describe
circles in the air, recreating an ancient ceremony dedicated to the god of
spring, in order to obtain good crops and fertile soils.
The Mexican food
was approved, from tacos to totopocos
with guacamole or cheese, although
the fact that I do not like spicy, made me look upon the many options with an
analitycal eye. I managed to avoid the "picosos" dishes. Some fellow travellers didn’t do the same and
they experienced the harmless little habanero,
a small explosive concentration of spicy. For a Mexican the flavour is usual,
when they eat "no pasa nada".
For those who had never tried, this proved to be an experience that I believe they
will remember.
Also the cold
coconuts, sold on the roadside, were refreshing, the coconut water and the
coconut, which some tried with a little spicy touch. This different way of
eating coconut was suggested by one of the guides who accompanied us on a tour about
which I will speak later.
I just missed the
Portuguese coffee - as always - and fish, the taste of those I’ve tried does
not remember all the fresh fish readily available in Portugal .
By now I’ve revisited
here the most relaxing part of my trip. Another day I'll talk about my visit to
the Mayan México and the encounter with the natural life of Mexico, the other
compartments of my suitcase.
obrigada
ResponderEliminarpor esta viagem!
um abraço
Gostei da tua reportagem.
ResponderEliminarDas palavras e das fotos.
Beijos, querida amiga.