Perguntaste-me se te amava. Eu respondi que
não sabia. Que não sabia o que era o amor. Mas que ia descobrir.
A primeira ideia que tive foi ir ver no
dicionário. Foi uma má ideia. Percebi isso, mesmo antes de ler. Dizia:
“Amor: substantivo, masculino, paixão,
afecto”.
Muito técnico! E porquê “paixão”? Sempre pensei que paixão fosse diferente de
amor. Pode existir paixão sem amor… mas amor sem paixão…?
Ainda assim, já é um começo.
Talvez na música encontre mais alguma
coisa…:
“Wise man say only fools rush in, but I can’t help falling in love with
you…”
Conheces?
O que é que me diz? Que o amor é mais forte
que nós, mais forte que a razão. Mas deve ser mais forte que isso.
Então
lembrei-me daquele verso:
“Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer”
O que é que Camões tentou dizer? Talvez que
o Amor não se consegue definir, que não se consegue descrever.
Agora percebi! A resposta não está escrita
em qualquer livro perdido. A resposta está dentro de mim.
Perguntaste-me se te amava. E eu disse que não
sabia. Que não sabia se era amor, mas que queria descobri-lo… contigo.
E tu deste-me a mão.
Texto retirado do meu baú, e originalmente postado no Tubo de Ensaio, aqui.
"Há tantas definições para o amor como há amores para definir".
ResponderEliminarInspirou-me o mesmo comentário meses após a primeira leitura... :)
Beijinhos!
Apesar da palavra amor estar tão banalizada ele existe.
ResponderEliminarPenso que Camões tinha razão.
Muito bonito este texto.
bjs
A descoberta da cumplicidade...
ResponderEliminarUm belo post, Isa!
Beijo :)
Escrever o amor é muito difícil
ResponderEliminare você escreve fácil e muito bonito!
Abraço
O Amor é lindo... verdade?
ResponderEliminar:)
a gente, não sabe nada
ResponderEliminar:))