Quem lê / Who's reading

domingo, 5 de agosto de 2012

Manter-me de pé / Stand up

Vi esta imagem já há algum tempo e tive-a aqui guardada, com a vontade de escrever sobre ela.

Não libertei logo as palavras, não por serem poucas, mas por serem muitas. Na realidade não conseguia decidir a minha opinião sobre a foto.

No início o meu (sem remédio?) optimismo fez-me pensar que concordava plenamente com a mensagem. Os vilões muitas vezes são apenas crianças medrosas que usam o chicote para esconder o medo.

É assim na ficção, a realidade - assalta-me este pensamento de seguida - nem sempre é assim tão simples. Sinto isso ao recordar as injustiças que já presenciei em vários momentos da minha vida, e em que a justiça tardou ou não chegou sequer. E em que a atitude de se manter de pé apenas resultou em mais cicatrizes.

No meio deste sentimentos confusos, soube hoje o que dizer sobre a foto: Talvez mantermo-nos de pé não impeça as chicotadas, talvez não páre a mão do carrasco, mas talvez a canse. E no meio de tudo o que a vida nos coloque à frente, o mais importante é mantermo-nos fiéis a nós mesmos. Mantermo-nos de pé, apoiados nas nossas convicções. É isso que ajudará a curar as cicatrizes.

*-*-*-*-*


I saw this image some time ago and had kept it here, with the desire to write about it.

I didn't free the words at once, not because they were few, but because they were too many. Actually, I couldn't decide about my opinion on the photo.

At first my (hopeless?) optimism made ​​me think that I agreed fully with the message. The villains are often fearful children who use the whip to hide their fear.

That's true in fiction, reality - this thought haunts me then - it is not always so simple. I feel that when I remember the injustices I have witnessed at various times in my life, and the moments when justice came late or not at all. And the attitude to stand up only resulted in more scares.

In spite of this confused feelings, today I know what to say about the picture: Maybe  standing does not prevent the lashes, does not stop the hand of the executioner, but maybe it tires it. And in the midst of all that life puts us ahead, the most important thing is to stay true to ourselves. Standing up, supported on our convictions. That is what will help heal the scars.


4 comentários:

  1. Plenamente de acordo!
    O texto é óptimo e a imagem fantástica.

    bj

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  2. Uma interpretação que subscrevo em absoluto...
    Beijinhos

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  3. Partilho da tua última e definitiva visão/interpretação da foto, que fizeste no último parágrafo.
    Beijo, querida amiga.

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